IM GESPRÄCH MIT
Autor/in: BRUNO BENNDORF MANGOLINI / DWP
In unserer Interviewreihe "im Gespräch mit" stellen wir kurz die Autoren der Leitartikel vor. Damit wollen wir unseren Usern die Möglichkeit geben, die Leitartikel auch aus einer anderen Perspektive heraus lesen zu können.
Diese Woche freuen wir uns ganz besonders
Bruno Mangolini aus São Paulo, Brasilien zu begrüßen:
2016/2017: Master Degree in klinischer Psychologie, Schwerpunkt Subjektivität (PUC-Sao Paulo)
2013/2014 Postgraduierte in Master of Health Management (UNIFESP)
2009/2011 Postgraduierte in Psychopathologie und Gesundheit (USP)
2003/2007: Abschluss und Bachelor in Psychologie (PUC- SP)
Gruppen:
Spinoza - Studiengruppe (2010-2011)
Deleuze – Studiengruppe (2008-2010)
Lacan- Studiengruppe (2005-2009)
Berufserfahrung:
Eigene Praxis: für Kindern, Jugendlichen und Erwachsenen (seit 2011).
Öffentliche Gesundheit: 7 Jahre für die öffentliche Gesundheit tätig, arbeitete in der Grundversorgung und Einrichtungen für Menschen mit schweren psychischen Störungen (Kinder und Erwachsene).
Clinic Maia - Brazilian System für den Bereich psychische Verfassung.
Koordinator der Gruppe für Drogenabhängige und Patienten mit psychischen Störungen durch Psychodrama und Arbeitsgruppen. Gründung und Umsetzung des "Caring“ Projekts der Betreuungspersonen, zusammen mit den Krankenschwestern und Mitarbeitern der Reinigung und Wartung. Leitung: Marcia Baptista und Antonio Lancetti - 880 Stunden (08/2005-12/2007)
Sprachen: Portugiesisch, Englisch und Spanisch.
2016/2017: Mestrando em Psicologia Clínica no núcleo de subjetividade (PUC-SP)
2013/2014: Especialista em Gestão em Saúde (UNIFESP)
2009/2011: Especialista em Psicopatologia e Saúde Pública (USP)
2003/2007: Graduação e Bacharelado em Psicologia (PUC- SP)
Grupo de Estudo de Espinosa: participou de grupo de estudos baseado na obra de Baruch de Espinosa (2010-2011)
Grupo de Estudo de Deleuze: participou de grupo de estudos baseado na obra de Gilles Deleuze (2008-2010)
Grupo de Estudo de Lacan: participou de grupo de estudos baseado na obra de Jacques Lacan (2005-2009)
Experiência Profissional
Consultório particular: realiza tratamentos psicoterapêuticos com crianças, adolescentes e adultos (desde 2011).
Saúde Pública: sete anos dedicados à saúde pública, trabalhando em atenção primária e serviços para pessoas com transtornos mentais graves (adultos e crianças)
Clínica Maia (private Clinic)
Coordenador de grupos com dependents químicos e pacientes com transtornos mentais, utilizando psicodrama e grupos operacionais. Criação e implantação do projeto “Cuidando dos Cuidadores”, com enfermeiros e equipes de limpeza e manutenção. Supervisão: Marcia Baptista and Antonio Lancetti - 880 horas.
Línguas: Português, Inglês e Espanhol.
DWP: Was brachte Sie zur Psychoanalyse? O que te levou à psicanálise? Bruno Mangolini: Ich halte die Psychoanalyse für einen Grundpfeiler des klinischen Denkens und als solches für die klinische Ausübung. Während der ersten Jahre meiner Ausbildung entwickelte ich ein Interesse an Freuds Theorien und seitdem habe ich sie studiert.
Considero a psicanálise um pilar fundamental para o raciocínio clínico e, portanto, para a prática clínica. Logo nos primeiros anos de faculdade me interessei bastante pelo pensamento freudiano e desde então tenho estudado. DWP: Wenn Sie die Gelegenheit zu einem Gespräch mit Sigmund Freud hätten, was würde wohl zum Thema werden. Gibt es konkrete Fragen? Se você tivesse a oportunidade de converser com o Freud, sobre o quê falaria? Algum tópico específico? Bruno Mangolini: Ich würde gerne über die Veränderungen der modernen Gesellschaft reden und welche Auswirkungen diese auf seine Theorien hätten.
Eu gostaria de conversar sobre as transformações na sociedade atual e gostaria de ouvi-lo sobre os impactos disso em sua teoria. DWP: Stoff- oder Ledercouch? Divã de tecido ou couro? Bruno Mangolini: Leder.
Couro. DWP: Ganz nach Bruno Bettelheim, der auf die Bedeutung vom Märchen hinwies. Verraten Sie uns Ihr Lieblingsmärchen? Und erkennen Sie Parallelen zur Entwicklung Ihres Lebens? De acordo com Bruno Bettelheim e a importância dos contos de fadas na infância. Você nos diria qual o seu conto preferido? Você vê algum paralelo com a sua vida adulta? Bruno Mangolini: Naja, ich mag wirklich die Geschichte von Robin Hood. Es übermittelt die Idee der Sozialen Gerechtigkeit, die ich auch mit mir herumtrage.
Bom, acredito que o conto que eu mais gosto seja o de Robbin Hood. Ele traduz bem a ideia de justiça social, que carrego comigo. DWP: Ich träume ... Eu sonho … Bruno Mangolini: Der Traum hält uns am Leben. Der Traum als Ausdruck des Unbewussten, aber auch als Motor für das wahre Leben, als Katalysator von Energie.
É o sonho que nos mantém vivos. Sonho como expressão do inconsciente, mas também como motor para uma vida real, como catalisador de energia. DWP: Was finden Sie an der Psychoanalyse gut bzw. besonders gut und gibt es etwas was Sie an ihr nicht mögen? O que você acha bom na psicanálise e o que você não gosta? Bruno Mangolini: Die Psychoanalyse hat den Vorteil, dass sie zuhört und arbeitet mit dem was der Andere in die Sitzung mitbringt. Die Psychodynamische Theorie ist sehr reichhaltig und biete viele Elemente zum arbeiten an. Allerdings mag ich es nicht wenn ein paar Fachleute glauben sie seien die alleinigen Herrscher über die Wahrheit über jeden, oder wenn sie glauben sie hätten die erklärende Theorie für alle Lebensphasen und am Ende haben sie nur eine arrogante und konformistische Haltung.
A psicanálise acerta em proporcionar a escuta, em trabalhar a partir do que o outro traz para a sessão. A teoria psicodinâmica é muito rica e fornece muitos elementos para se trabalhar. No entanto, me incomoda quando alguns profissionais pensam ser donos da verdade sobre o outro, pensam que possuem uma teoria explicativa sobre toda a vida e acabam tendo uma postura arrogante e conformista. DWP: Welchen Herausforderungen mussten Sie sich während Ihrer analytischen Ausbildung stellen? Quais desafios você enfrentou durante sua formação psicoanalítica? Bruno Mangolini: Nicht gerade meine Ausbildung, sondern vor allem die Praxis. Ich arbeitete sieben Jahre im öffentlichen Dienst am Stadtrand von São Paulo, in sehr verarmten Orten mit Familien, die viele Probleme hatten. Die Realität ist viel komplexer als die Theorie und es ist immer notwendig Anpassungen vorzunehmen. Ich musste nach verschiedenen Bezügen suchen um meine Ausbildung zu unterstützen, weil das, was ich sah ganz unterschiedlich von dem war, was mir die Bücher während meines Studiums beigebracht hatten: die Lage war anders, die Familienverhältnisse waren anders (oder nicht vorhanden), die Disposition für die Behandlung war oft gering, die Ressourcen waren knapp. Schließlich die Herausforderung einen theoretischen Pol zu haben in einer Realität, die ständig schwierige Zeiten durchmacht.
Não exatamente de minha formação, mas principalmente sobre sua aplicação. Trabalhei sete anos com serviço público na periferia de São Paulo, em lugares muito pobre e com famílias com organizações muito precárias. A realidade é muito mais complexa do que a teoria, e a todo momento há que se fazer adaptações, buscar referências distintas para embasar a prática, já que muita coisa é diferente dos livros: o setting é outro, a família é diferente (ou ausente), a disposição para o tratamento muitas vezes é pequena, seus recursos são escassos. Enfim, o desafio de ter um norte teórico em uma realidade que lhe coloca obstáculos o tempo todo. DWP: Haben Sie ein Lieblingszitat von Freud? Você tem alguma citação favorita de Freud? Bruno Mangolini: Es gibt eine sehr gute Passage in Zeitgemäßes über Krieg und Tod: „der Staat dem Einzelnen den Gebrauch des Unrechts untersagt hat, nicht weil er es abschaffen, sondern weil er es monopolisieren will“
Há uma passage muito boa em Reflexões para os Tempos de Guerra e Morte: “o Estado proíbe ao indivíduo a prática do mal, não porque deseja aboli-la, mas porque deseja monopolizá-la”. DWP: Außer Sigmund Freud, gibt es Psychoanalytiker mit denen Sie sich auch gerne auseinandersetzen? Que outros psicanalistas além de Freud você estuda? Bruno Mangolini: Lacan, René Kaës und Felix Guattari
.Lacan, René Kaës e Félix Guattari. Herzlichen Dank für dieses Gespräch, wir freuen uns bereits jetzt Alle auf Ihren Leitartikel!